terça-feira, 30 de julho de 2013

la bronca, carajo!

Disco: Bronca Buenos Aires
Edição: 1972
Música: Jorge López Ruiz
Poemas e recital: José Tcherkaski


Um dedo no cu da ditadura argentina, narrado como um filme da nova vaga francesa e musicado como um clássico. (Há arranjos corais). Todos os músicos foram muito felizes a traduzir em quatro movimentos (La Ciudad Vacía/Relatos/Amor Buenos Aires/Bronca Buenos Aires) a tristeza daqueles tempos. La bronca, carajo!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

quarta-feira, 17 de julho de 2013

"A beleza salvará o mundo"


Foi o que o Dostoievski escreveu.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

domingo, 7 de julho de 2013

Deitámo-nos...


a)      em espreguiçadeiras de praia, besuntados de óleo johnson.
b)      numa cama cheia de rosas e acordámos aos espirros.
c)      num calhau gigante, no mato, nus, a ver (as) estrelas.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

03:07

Um casal discute aos gritos na minha rua, no calor da noite - calma, portistas. Não demora muito até aparecer a polícia. (Alguém a chamou, compreendo). Dois agentes entram no prédio devido depois de deixarem o carro parado no meio da estrada com os quatro piscas e a sirene azul ligados. Chega um taxi que no banco de trás transporta uma passageira que tem mais que fazer. Já não oiço o casal; passo a ouvir a passageira. Segundo percebo, não aceita ter o caminho barrado. Um, dois, três minutos. O taxista apalpa a buzina. Não há sinal dos polícias. Quatro, cinco minutos. Buzina de novo apalpada. Seis, sete minutos. Os dois agentes da polícia lá saem do prédio devido e dirigem-se para o carro. A passageira do taxi abre a porta à passagem dos polícias e deixa-os com os ouvidos a arder. 

"Vou ter de pagar mais porque o vosso carro estava no meio do caminho!", queixa-se, com voz de poucos amigos.

O polícia condutor tenta acalmar a passageira. "Se a senhora precisasse de ajuda também gostaria que fossemos rápidos a acudir." 

Erro: ainda ouviu mais. Acto contínuo, o agente baixou as orelhas, escondeu-se no carro, meteu a primeira e seguiu caminho, ladeado pelo colega. Vi o carro da polícia afastar-se com a sirene azul ligada, logo seguido do taxi em cujo banco de trás a passageira gesticulava como um especialista em mímica que pretende traduzir o discurso da Teresa Guilherme num dia mau.