Dei uma ordem a este computador: abrir o word. Ele não obedeceu. Ficou confuso. Bloqueou. Irritei-me e repeti a ordem uma, duas, sete vezes com os olhos vermelhos e as narinas escancaradas de fúria. Idiota. Não estou preparado para enfrentar este tipo de nega. Tenho uma relação extremamente simples e mimada e sensível e autoritária com o meu computador: eu ordeno, ele obedece – nunca me disseram que poderia ser de outro modo. Vou reflectir sobre isso.
Aproveito também para dedicar umas linhas ao meu colega de casa galego. Ele faz muito barulho quando tosse, quando vai à casa de banho, quando cospe a expectoração, quando cozinha, quando acorda e ouve música de carrinhos de choque com o volume NO MÁXIMO às oito da manhã porque tem sem dúvida de tomar o pequeno almoço todos (todos) os dias, quando chega a casa, quando sai, durante - quando, quando, quando, quando, quando.. -, mas agora tem por cá os pais de visita durante estes santos dias em que me apanhou por lisboa porque me esqueci que era páscoa e fui a casa na semana passada sem que antes tivesse feito contas, a puta da matemática, ainda, e portanto não há milagre$ e só fiquei a saber que os pais dele cá estavam porque ele mo disse, garantiu que sim, que estavam cá, mas até agora mal lhes ouvi a voz, já lá vão umas sei lá 40 horas de estadia conjunta e só ouvi assim umas trinta palavras metidas em dez frases e alguma guitarra espanhola muito muito baixinha, imagino que tocada da televisão, evoca-me a banda sonora do santaolalla nos diários de che guevara, tudo belo, e de repente o meu colega de casa galego já nada tem de barulhento, pois mais discreto se revela perfazendo três do que acompanhado apenas dele próprio. Isto para dizer que os franco-finlandeses The Dø são os Cardigans versão asdjçoasdasldklºasd com uma vocalista mais bonita, ou, passo a citar a Drowned in Sound, a PJ Harvey na lua.
2 comentários:
Boa rapaz...
olá como estás!!!!
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