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Ninguém pede para nascer e todos morremos, mas há quem acumule dons e consiga despistar a própria morte. É o caso do Guru, através da música. Lembro-me bem da primeira vez que ouvi este volume um do jazzmatazz: atento como o mais curioso dos alunos, esvaziei o lixo da mente em troca da coisa real e deixei-me levar por relatos rimados de rua e batidas quase preguiçosas que controlaram os meus movimentos durante três quartos de hora.
Ao final da música 12, 'Sights in the City', o respirar fundo e, tudo mais claro, aquela sensação sem preço de ganharmos o dia.
Aconselho a audição a todos aqueles que torcem o nariz sempre que ouvem a palavra hip hop (mas até gostariam de o levar a sério, perceber onde jaz(z) a dignidade que nasceu com o género – e hoje se mantém aqui e ali, ainda que poucos o saibam).
1 comentário:
Engraçado que na morte se revivem sempre as glórias em vida das pessoas. É uma boa homenagem.
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