quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O concerto de uma vida deverá ser qualquer coisa como isto

Dizer que o Patrick Watson saltou com a banda para o meio do público só é novidade para quem não o conhece. Palco frio, plateia quente. Que a luz tenha falhado três vezes no concerto de encerramento de um festival de música é que já será notícia. E juro a pés juntinhos (suster a respiração): quando isso aconteceu, ele e os outros três músicos, como se nada fosse, como se em causa não estivesse a derradeira imagem após uma longa digressão europeia, como se não tivessem motivos para querer bater em alguém, como se o São Jorge fosse um parque de diversões, estacionaram ali ao nosso lado para fazer a festa - ou, mais precisamente, juntinho da P., que o ama, e do N., que sente o mesmo e aliás fazia anos. A sala maior do São Jorge a pingar devotos pelas costuras e eles estacionaram ali, ao nosso lado, no aniversário do N., que o ama, para uma serenata às escuras. (O brilho aguado no olhar de quantos ali estávamos bastaria para iluminar dois ou três latifúndios). Espero desde sábado por um vídeo que já não tenho grande esperança em ver chegar. Algo que documente o que as palavras só caricaturam. Estas já tiveram espaço que chegue - na memória de quem conserva a pulseira do Super Bock em Stock viverá o resto.

2 comentários:

M. disse...

nao vi. com muita muita pena mas corri para kap bambino. precisava daquilo outra vez.

Rui Coelho disse...

acho que te vi pelo s. jorge, ou imagino que poderias ter sido tu, hum, qq coisa assim.

kap bambino deve ter sido um festim, mas naquela noite precisava de patrick watson, estava em piloto automático.

resultado: coração aos pulos.