"The only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing but burn, burn, burn like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars." J. Kerouac
segunda-feira, 26 de julho de 2010
lupa em cima deles
Acabaram os jogos a feijões. A partir de quinta-feira é a doer. Contra os dinamarqueses do nome impronunciável. Coisa para agoirar: a última vez que não consegui decorar o nome de um adversário do Sporting foi com o engenheiro Santos, há sete anos, e então levámos três pontapés no rabo de uma equipa turca. Em Alvalade. Eu estava lá. Bêbado. Tenho bom beber. Foi a minha sorte. E a daquela malta ali à volta. Correram-nos da Europa. Não se repetirá. Este ano, primeira novidade, os jogos a feijões não foram encarados a feijões, pelo menos aqueles que se seguiram à feijoada com a qual o PSG se empaturrou à nossa custa. Saldo após dez jogos no espaço de um mês: cinco vitórias, quatro empates e uma derrota. Podia e já foi (muito) pior.
(Isso de ter perdido nos penáltis com o Celtic não conta – foi empate).
Colectivamente, já se vêem ideias. Pelos dois médios de contenção passará tudo - na direcção da baliza dos outros, espera-se -, e percebe-se porquê quando o Pedro Mendes ou o Maniche tocam na bola. Presumo que o veloso saia. Mais cedo do que tarde estará a vestir vermelho ou azul. É o percurso natural da nossa xavalada, o processo evolutivo mais em voga. Também não tenho visto demasiado pontapé para a frente. O Polga e o Tonel vão sofrer. Dá-lhes cabo do juízo Paulo Sérgio!
Nas laterais fomos a Braga buscar gente capaz. Um veio em Janeiro, outro há umas semanas. São ambos demasiados bons para não exporem os respectivos suplentes e anteriores titulares à sua mais inútil insignificância. É um trabalho sujo comparar o João Pereira e o Evaldo ao Abel e ao Grimi. Compreendo-o. Mas alguém tem de o fazer.
Estava a falar do plano defensivo, mas eles atacam que se fartam. Mais à frente temos um rapaz chamado yannick que muito corre e pouco joga, mas de quando em vez mete a bola dentro da baliza certa e por isso é cobiçado por clubes de nomeada, dispostos a dar milhões por ele. O futebol é um lugar estranho.
Do chile, há um ano, chegou um craque adiado. Espera-se que dê certo este ano; com apenas semanas de casa anda lá outro que antes de pontapear uma bola de verde e branco já era um Angulo com sotaque mais cantado e de repente ei-lo a levar tudo à frente e a fazer golos em aventuras solitárias. A ala esquerda é do Valdés e já ninguém se vai lembrar do joelho do Izmailov.
Sobre o puto salomão há coisas giras a apontar, mas não se espera demasiado. Mais que o pereirinha, talvez, na certeza de que há ali ousadia, capacidade no um-para-um e pinta de rufia ao invés do rapaz que podia muito bem ser o-neto-que-vai-para-casa-da-avó-a-seguir-aos-jogos-comer-bicoitos-e-sorver-cafézinho-com-leitinho.
Sobre coisas boas estamos conversados. Agora as más.
O centro. Jesus, Maria, José - aquele centro. Do ataque, onde o Liedson já é mais problema que solução; da defesa, onde apenas um de cinco tem qualidade inegável para ser titular, e, já agora, da baliza. Ver ali o rapaz Patrício é uma aflição. Ouvi-lo também. Nada se aproveita.
Ah!, antes que me vá encostar, tenho gostado do postiga. Muito. Parece motivado, confiante e disposto a ser importante. É muito estranho escrever isto.
Os dinamarqueses que se cuidem.
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