Para 2011 quero os Radiohead, uma tenda Super Bock maior e o Sporting campeão, se não for pedir muito.
Devendra Banhart
O bicho cortou o cabelo e já parece deste mundo. A música dele também, o que poderia não soar exactamente a elogio, mas acaba por ser. Isto se, para tal, tiver a coolness de fazer uma cover da não mui indie ‘Tell it to my heart’, da Taylor Dayne, dedicando-a à mãe. Há muita coisa na dita música alternativa que tem tudo menos de prioritária, talvez o Devendra tenha percebido isso. No te calles rapaz.
Florence and the Machine
Além de certamente ser responsável pelo fim de muitos casamentos sólidos, apenas por existir, esta miúda – 23 anos, ridículo - faz tudo certo em palco. Irresistíveis, as canções dela já nasceram para ser um triunfo ao vivo, com os coros do tamanho da vida e os repetidos ó-ó-óoos, mas sendo a ana dos cabelos ruivos versão supermodelo com voz de fada a cantá-las tudo ganha uma outra dimensão. Nesta música, dividida por dois vídeos, a malta perdeu de tal forma o controlo numa fase inicial que, deixando-se levar, criou e mutilou uma sequência de palmas em meio minuto. Dá para ver no primeiro vídeo que a própria Florence teve dificuldade em ligar a letra ao ritmo. Mas o que se perdeu em controlo ganhou-se em felicidade bruta, e, no fim do dia, é para isso que cá estamos. Por isso deixo aqui o segundo vídeo. Hora para levantar voo: 1m48s.
The Maccabees
Vá, é um bocadito fácil elogiares uma banda que entra em palco duas horas depois de teres entrevistado o vocalista - um moço sete estrelas, ainda por cima, que te oferece uma cerveja antes de carregares no rec e de seguida te convida para o acompanhares a ver os Hurts, como se fossem amigalhaços de sempre, o orlando weeks e tu, que depois chamas uma amiga tua, igualmente fã dele, e os três falam e tiram fotos, tudo normal, tudo fixe, e depois ficam os dois que já se conheciam porque o artista se despede com um até breve como quem nem gostaria que assim tivesse de ser. Mas quem conhece os Maccabees sabe do que eles são capazes, e por isso não há cá favores. Perto de mim, a meio do concerto, entusiasmado, um rapaz perguntou-me: ‘estes são espanhóis, certo?’. Respondi: ‘de londres, são de londres’. O amigo dele já lhe tinha dado um toque para correrem rumo ao palco Optimus, a 30 quilómetros deste onde estávamos, do Super Bock. Tocavam na outra ponta do recinto os Biffy Clyro. Acabou por ir sozinho.
Pearl Jam
Mesmo com o Eddie na fossa, agarrado a uma garrafa de vinho durante o concerto, mesmo a dar música quando pediu aos surfistas que apanhassem uma onda por ele assim que pudessem, pois de manhã já estaria a cruzar o Atlântico rumo a Seattle, rumo a casa, três semanas depois, e não poderia apanhá-las ele próprio, mas horas depois apanhou-as mesmo, pelos vistos na Ericeira, deixando-se fotografar, foi uma experiência que me tornou pequeno o peito, mais uma coisa resolvida no meu tempo. Cantar a Black entre 45 mil, uff..
LCD Soundsystem
Deus existe: tem 40 anos, barba cerrada e sabe tudo sobre isso de soltar o diabo nas pessoas quando tal se justifica. É um bom Deus e merece a caixa alta. Pena que não tenha ficado em palco até de manhã.
4 comentários:
Eu quero Radiohead, mas não no Alive. Concerto em nome próprio please.
E um posto sobre a final do mundial?!! Sudoeste no dia 6. bute?
aisshh pois é, faço quando voltar do sbsr versão meco, o cenas da final. tu com o nome do teu pai é outra coisa, séc.xviii sardinha no pão c medronho e cães à mesa. sudoeste vou no dia 8 só, à partida, mas se insistires mt viro logo o passe todo.
Insisto! Chega?
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