Foram anos a fio de protestos, cartazes, manifestações, petições, cartas, entrevistas, marchas lentas, médias e assim-assim, tudo em vão. Nem PS nem PSD quiseram saber. Qual era a parte do “não temos alternativa à Via do Infante” que não tinham percebido? A EN125 é uma rua grande que une Vila Real de Santo António a Sagres. Não são precisos estudos para se perceber porque razão sempre lhe chamaram "estrada da morte". A Via do Infante é a comunicação que nos resta para que o Algarve sobreviva à sua vincada sazonalidade e não é, na sua génese, uma SCUT - apenas o troço Lagoa-Lagos preenche esses requisitos técnicos. Quem anda a destruir os pórticos da Via do Infante, da forma que o tem feito, inutilizando o sistema electrónico de pagamento de portagens, sabe o que está a fazer. É sinal de que, esgotada a via diplomática, o povo continua a querer ser ouvido. Deixou, isso sim, de ser sereno. Ir ao sótão sacudir o pó da caçadeira está longe de ser a opção ideal - é, simplesmente, a última. Os governos que nos estão a empurrar de volta à estrada da morte não podem dizer que não foram avisados.
4 comentários:
Obviamente que todos os casos são complexos e toda a gente quer puxar a brasa à sua sardinha, e apesar de concordar que não existem alternativas, existem dois casos piores, que são a A 25 (Aveiro - Vilar Formoso) e a A23 (Santarém - Fundão > fronteira) se não me engano, pois ligam a Espanha e são conhecidas como "vias de exportação". Nessas extensões encontram-se especialmente fábricas automóveis e a portagem de qq veiculo classe 3 deve doer qualquer coisa. Ora, taxar vias que só irão encarecer as exportações de que tanto precisamos parece-me no mínimo uma aberração ou de quem não percebe nadinha de estratégia.
É certo que este povo usa e abusa do transporte rodoviário mas também é certo que os governos dos últimos 40 anos nada mais fizeram que apenas destruir todo o nosso histórico transporte ferroviário que tinhamos, trocando-o pelo poluente asfalto, com uma marca superior a 50 mil mortes em 3 décadas, ao nível do 3o mundo a nivel de sinistralidade e com os custos que todos sabemos agora, serem para pagar.
Lamento por todos os que serão prejudicados.
Isto nunca esteve tão bom para emigrar.
Sou Algarvia, embora more em LX à uns anos, vou a "casa" em média uma vez por mês e já sabia de muita gente, em especial os de Faro que prometia atolhar o tribunal com multas. O meu pai anda num carro que está em meu nome e fez isso. Não sou a favor, embora compreenda que, se é para uma, é para todas, porque a 125 é mesmo isso, uma rua mortal. Este Natal, vou ter qu epensar muito bem, os atalhos por onde vou andar, pois estou bastante habituada à via do Infante... Mas eu, sou um mal menor, a firma do meu pai, obriga quem lá trabalha a atravessar o Algarve diariamente, e o meu pai está a fazer contas, pois não pretende pagar. Agora pergunto eu: se todos fizerem como eu, como o meu pai, que lucro trará a A22 ao Estado?
* há
não sei se vamos fazer todos isso.. o problema é esse. Da minha parte não entra no bolso do estado um cêntimo que seja. Já fiz a viagem entretanto, demorei quase mais uma hora, paciência. O problema é a firma do teu pai. No limite portajam as nacionais também. É roubo, é ir ao bolso como qualquer ladrão, só que sem espingarda - o estado não precisa disso.
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