Juntas desde a infância
Brincavam com constância,
Viviam na mesma rua;
Eram mais os pedantes,
Atrevidos, bem falantes,
Que à morena queriam nua;
Dizia a loira que a amava,
Mas no fundo invejava
Tanto ver ela sorrir;
Dela queria a alegria,
as formas, a sabedoria
E seu homem p'ra despir;
Certo dia tal dilema,
Transformou-se em problema:
A loira p'la madrugada...
Seduziu-lhe o parceiro,
Com preceito feiticeiro
E beijou-o, descarada.
Estranhamente, a morena,
Feita estrela de cinema,
Conservou a confiança;
Deixou arrastar o tempo,
Renovou o seu alento
E preparou a vingança;
Tal e qual ela queria,
Ao raiar de um novo dia,
Num bar tudo aconteceu;
Afastou o parceiro,
Percorreu o bar inteiro,
Lambuzou quem entendeu.
E falando da amiga:
Morena, fera ferida,
Soube bem o que fazer;
P'ra casa levou atado,
Da loira, o ex-namorado,
E ganiram de prazer.
2 comentários:
LOlllll lindo, lindo, lindo poema!! No meio disto os homens (parecem?) são só 'pesos mortos' de um lado para o outro...
(parabéns poeta :)! )
:)*
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