"The only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing but burn, burn, burn like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars." J. Kerouac
sábado, 15 de novembro de 2008
Stôr, Stôr!
Não deverá haver muitas amostras quotidianas por aí com mais cinema para oferecer do que uma turma de liceu, em Paris, onde convivem miudos de 13 a 15 anos oriundos do Mali, China, Marrocos, e até de França.
“Entre Muros” - ou, da forma mais objectiva que, por cá, nos conseguimos lembrar, “A Turma” – deverá ter começado a distanciar-se da concorrência na corrida à Palma de Ouro 2008, que ganhou, no instante em que o realizador Laurent Cantet se lembrou que a realidade imita mesmo a ficção - tantas vezes à descarada -, e que já havia sido escrita a história que, nessa lógica, lhe interessava adaptar para cinema: a que vem redigida no homónimo “Entre les Murs”, livro onde o professor, jornalista e escritor François Begaudeau relata a sua experiência a leccionar numa escola multiétnica parisiense.
Ideia luminosa: Cantet convidou Begaudeau a fazer de Professor Begaudeau, e deu-lhe a gerir uma turma de carne e osso que, por sua vez, também se vestiu de si mesma enquanto era filmada para montagem futura. Trata-se de uma vertiginosa crónica da Europa contemporânea, entre quatro paredes - metáfora com pele de uma França que, já lembra o Chico Buarque, deixará de ver nascer franceses não miscigenados mais cedo que tarde, pelo que melhor será que nos entendamos. (quem achar isto fácil que atire o primeiro calhau).
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2 comentários:
grande filme!
Está tão bom.
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