"The only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing but burn, burn, burn like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars." J. Kerouac
sábado, 29 de novembro de 2008
Micah P. Hinson: trovador autêntico
Voz de sexagenário, mas ainda puto, pinta de geek, mas com passagem pela prisão aos 19 anos, Micah P. Hinson encontrou, a dada altura da sua errante caminhada, a estranha capacidade de parecer autêntico no mundo das grandes farsas. Fórmula mágica: projectar um feliz combinado de rock, country e gospel, dar-lhe ritmo progressivo e eis que se solta o trovador desesperado por partilhar os vários tombos, tantos, que deu em apenas 26 anos. Estreou-se em 2004, com “Micah P. Hinson & The Gospel of Progress”, seguindo-se “... & The Opera Circuit”, em 2006, para fazer sair em Julho passado “... & The Red Empire Orchestra”. Natural do Tennessee, a sua voz rouca, grave, de eterna ressaca – lembra Shane McGowan, dos Pogues, mas com dentes -, corpo de letras simples, a vir de dentro, passou quatro vezes aqui pelo penico da Europa: duas em Famalicão, uma em Braga, outra no lisboeta Alquimista. Do segundo trabalho fica este estupidamente bonito “Don’t You? (Part 1 & 2)”, que podia ser uma carta de despedida deixada em k7 junto de quem dormia.
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