quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

É sempre de ouvir em repeat #8

Canção: Ghosts
Cantautora: Laura Marling
Disco: Alas, I Cannot Swim
Data: 2008



O Ricardo chamou-me e disse: "Acho que esta míuda estava a tocar nas traseiras do prédio quando um dia por lá passou a pessoa certa". (O Ricardo vai mudar de casa, agora vou falar de música com quem?). Já eu, que a conheci esta noite, entendo que o pai a obrigou a tocar viola a partir dos três anos, e sempre fez por manter a rédea curta; depois vieram contactos e coisas que tais que ele mantinha através de negócios discretos e assim se chegou àquela pessoa que conhece uma outra que, por sua vez, é amiga da pessoa certa. A mesma que o Ricardo diz ter descoberto Laura Marling a tocar nas traseiras de um prédio. Não que ela, natural de Hampshire, Portsmouth, para aí estivesse virada; ainda hoje, já com um disco e dois EPs editados, confessa ter pavor de tocar para muitas pessoas. Mas, raios, o pai é que manda (o ego, essa coisa medonha, diz-me para não abandonar a minha versão, e aliás prefiro só conhecer a história amanhã, hoje é tudo novo). Talvez por isso ela não sorria; disso se queixa alguém num comentário ao vídeo que aqui deixo. Ou então esta míuda inglesa com cor de susto que já foi impedida de entrar no próprio concerto, por ser menor - fez 19 anos no domingo -, optando por tocar na rua, e a quem já atiraram um anel de borracha para o palco como pedido de casamento, está só a pedir desculpa por cantar assim.

3 comentários:

Anónimo disse...

Epá, já sei que vão dizer que eu nunca gosto de nada e tal - mas porque será que isto me cheira a "produto", a "fabricado"? Reparem, é visível até nas coisas mais simples: aquele cabelo, aquele baton, aquele ar de quem está mas não está - tão "deprê", sou bué cool assim bué distante e triste e tal - aquele cantar com um desprezo do caraças à la Suzanne Vega (e esta é uma senhora, embora nunca ao nível de uma Joni Mitchell, por exemplo). Resumindo e atalhando (detesto esta palavra, mas gosto de a usar - é tão prática!): até percebo que a miúda suscite algum interesse, mas no fundo, acho que se trata apenas de mais uma cantautora de terceira ou quarta linha mesmo.

Vou ser fuzilado?

Rui Coelho disse...

Joni Mitchell, ja li hoje algumas críticas a comparar os genes. Escrever também é fácil. Nada de fuzilamentos, e até ontem te dei razão naquilo do "até po ano" em conversa com o luigi, e fi-lo assim num registo que te deu um ar cool.

Anónimo disse...

As comparações são sempre inúteis, ainda para mais quando se compara algo que pertence ao mundo dos comuns mortais, ao incomparável divino.

Obrigado pelo ar cool à "James Dean"(só pode ter sido, ou então à Elvis). O Luigi anda a deslizar na na maionese?