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Quem filma a penélope cruz num picado onde toda ela salta de um curto e desmazelado vestido estilo macaco, enquanto investe, rodeada de latas de tinta, em pinceladas frenéticas sobre uma tela estendida no chão, para depois enfiar a nuestríssima hermana num laboratório de revelação fotográfica aos beijos com a scarlett johansson, merece todo o meu respeito. Vicky Cristina Barcelona não é hilariante, mas tem a cor do tinto e aconchega: visita pedaços do que perdi na cidade do gaudi, de cuja estação de comboios saí por cinco minutos, em agosto de 2007, logo regressando à ferrovia porque o sul de frança é que estava bem - rsrsrsrs , já depois de me ter desorganizado com as sardas de uma catalã que viajava na nossa carruagem desde madrid, o que me levou a perder o cem anos de solidão. Décadas de intensa reflexão sobre os absurdos de um relacionamento amoroso conduziram o pequeno ratinho à conclusão de que nada sabemos, pelo que o amor não tem de matar o amor, sobretudo quando o pode moer assim num tirinho nonsense. É mais saudável, e serve o efeito desejado. O Woody Allen sabe tudo/O Woody Allen nada sabe/O Woody Allen somos nós.
3 comentários:
um grande abraço ao meu ruizao, de quem eu tanto gosto. independentemente do que escrevas, as tuas palavras transbordam de sentimento!
o amor não tem de matar o amor, sobretudo quando o pode moer assim num tirinho nonsense
ficou-me isto.
o allen conseguiu um consenso num processo de identificação com cada um deles, ou mesmo com a cidade. e a penelope é da cor do tinto.
Woody Allen a arrastar a asa para a Freida Pinto...Scarlett já era :D
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