"The only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing but burn, burn, burn like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars." J. Kerouac
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Anjos no Atlântico
O Rui da Amadora, que não sou eu, não tem a certeza se caíram 228 anjos no Atlântico. Aliás, lendo o comentário que ele escreveu no Público, ficamos com a ideia de que o Rui da Amadora está certo de muito pouca coisa. Como eu. E a Cristiana. E o Luís Silva. E o Alberto. E o Nélio. E os outros.
01.06.2009 - 23h46 - Rui, Amadora
Estar vivo é uma espécie de milagre, uma lotaria cósmica, o acaso dentro de um acaso, o resultado de quase nada e de quase tudo: Um óvulo e um espermatozóide juntam-se et voilá, sai mais um ser pensante e arrogante que vai mudar o mundo. Uns apanham o avião e morrem, outros não conseguem e sobrevivem. Os que morreram fizeram mal a alguém? Pergunto eu, cheio de moralidades e causas e efeitos e culpa e sentidos para as coisas que não fazem sentido - Fizeram mal? Sim, uns fizeram, outros não, outros não fizeram mas iam fazer. Havia 11 muito maus, 13 mais ou menos, 32 eram muito boas pessoas, os outros ainda estavam a pensar na vida. O bébé não sabe o que lhe aconteceu, nem teve a noção de que alguma vez viveu, os outros gritaram e choraram em desespero. Os que que sobreviveram, os que não apanharam o avião, serão merecedores da vida? São. Não são. Tanto faz. Perguntas ridículas sem resposta. Os cemitérios estão a rebentar pelas costuras de gente porreira, e de gente lixada. Nada faz grande sentido. Parece tudo um filme de terror mas é a nossa realidade de seres frágeis mas arrogantes, seres pensantes mas ignorantes, que ainda não descobriram afinal o que andamos cá a fazer.
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