quarta-feira, 4 de maio de 2011

Há coisas que nunca mudam


Cada um é de onde vem e na forma de quem o rodeia. Nada tenho contra a malta que se identifica com o Inverno, que não resiste a um bom dia de ossos a tremer, roupa encharcada e pele amarela, mas eu cá gosto é de ter os pés bem assentes na areia e num ameaço de espuma ver as ondas morrer aos pés de gente escurecida pelo rei sol, com rugas de expressão e sem pressa, eu é mais tirar o salitre do corpo, caracóis e cerveja gelada ao fim do dia, demorar-me no regresso a casa - "vamos a pé?" - e chegar com o cheiro de peixe fresco a virar na grelha, ouvir o canto estridente dos grilos em noites brancas de jantar na rua e viver paixões destinadas a acabar estateladas contra as rochas. É isso que eu quero. Sou.

5 comentários:

Anónimo disse...

Eu quero também. Do peixe fresco ao salitre no corpo. Do vamos a pé ao esfacelar paixões nas rochas...

Everybody wants to be found disse...

Hey eu tb quero :p

Anónimo disse...

Como sinto falta disso...
Pedro

Rui Coelho disse...

(L)

i disse...

uff que de repente me deu saudades do verão!