No estádio ficou a ideia óbvia de um domínio avassalador dos que vestiam a mais bela, a verde e branca. Uma festa bonita em Alvalade, como sempre deve ser o dérbi, para a qual o Sporting se vestiu a rigor e o adversário se esqueceu de aparecer. Eu cá fiz a minha parte: voei pela segunda circular de mota, com um amigo, depois do trabalho, e cheguei a tempo de uma cerveja antes do apito inicial. De volta a casa vi o resumo e confirmei a minha ideia, que pecou por defeito: o jogo foi de sentido único - a baliza protegida pelo sucessor do bom Roberto. As equipas só se igualaram mesmo nas queixas capitais. A saber: um penálti escamoteado para cada lado na primeira parte, sendo que no caso deles era logo no arranque do jogo e no do Sporting o Garay vinha para a rua também muito cedo. Ao Javi Garcia e ao Bruno César também foram poupadas as respectivas expulsões, mas tudo bem. Não fosse hoje noite de São Artur e em vez do 1-0 final tinha havido a reedição dos 7-1, sem favores, tal a forma como os encostámos às cordas. Só o lobo holandês metia três na rede. O Marat fazia o golo do ano. Até o miúdo Rubio podia ter molhado a sopa - bem, até molhou, mas em fora jogo. Fica o sabor doce de aviar o eterno rival com tamanha superioridade em todos os capítulos de jogo e o amargo das Paixões que nos impedem nesta altura de estar na luta pelo título. Resumindo: bom treino antes do Athletic Bilbao, embora menos exigente do que nos jogos com o Metalist e com a cereja no topo do bolo de ver o perna de pau sair de Alvalade de cabeça inchada. Nota: oitava vitória seguida em casa com um só golo sofrido desde que regressou o Ricardo Coração de Leão, agora para nos liderar. Aperta com eles, Sá Pinto!
"The only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing but burn, burn, burn like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars." J. Kerouac
terça-feira, 10 de abril de 2012
Muito fortes...
No estádio ficou a ideia óbvia de um domínio avassalador dos que vestiam a mais bela, a verde e branca. Uma festa bonita em Alvalade, como sempre deve ser o dérbi, para a qual o Sporting se vestiu a rigor e o adversário se esqueceu de aparecer. Eu cá fiz a minha parte: voei pela segunda circular de mota, com um amigo, depois do trabalho, e cheguei a tempo de uma cerveja antes do apito inicial. De volta a casa vi o resumo e confirmei a minha ideia, que pecou por defeito: o jogo foi de sentido único - a baliza protegida pelo sucessor do bom Roberto. As equipas só se igualaram mesmo nas queixas capitais. A saber: um penálti escamoteado para cada lado na primeira parte, sendo que no caso deles era logo no arranque do jogo e no do Sporting o Garay vinha para a rua também muito cedo. Ao Javi Garcia e ao Bruno César também foram poupadas as respectivas expulsões, mas tudo bem. Não fosse hoje noite de São Artur e em vez do 1-0 final tinha havido a reedição dos 7-1, sem favores, tal a forma como os encostámos às cordas. Só o lobo holandês metia três na rede. O Marat fazia o golo do ano. Até o miúdo Rubio podia ter molhado a sopa - bem, até molhou, mas em fora jogo. Fica o sabor doce de aviar o eterno rival com tamanha superioridade em todos os capítulos de jogo e o amargo das Paixões que nos impedem nesta altura de estar na luta pelo título. Resumindo: bom treino antes do Athletic Bilbao, embora menos exigente do que nos jogos com o Metalist e com a cereja no topo do bolo de ver o perna de pau sair de Alvalade de cabeça inchada. Nota: oitava vitória seguida em casa com um só golo sofrido desde que regressou o Ricardo Coração de Leão, agora para nos liderar. Aperta com eles, Sá Pinto!
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4 comentários:
Excelente análise à partida, mas o senhor do apito também foi protagonista. Um penalti aos 50 segundos iria condicionar esta exibição do Sporting, e julgo que a falta do Luisão foi casual, ou melhor se aquilo tivesse ocorrido a meio campo será que o Wolkswagen teria caído? Na mesma o Sporting foi superior durante toda a partida e voltou a merecer vencer. O Izmailov ia marcando o golo da época e o resultado até acabou por ser lisonjeiro para aqueles que se julgam maiores que o próprio país. Boa sorte aí contra o Athletic, sem dúvida o embate mais importante da época.
A falta para penálti do Luisão, tal como a escamoteada do Garay ao Lobo logo a seguir – o jogo também não seria o mesmo, e agora...? -, e com expulsão directa, é própria de quem vinha de lesão e não tinha pernas para nós. O que o Luisão faz ali é como quem diz, “anda cá, não fujas que de outro modo não te apanho”. Puxou-o pelo pescoço, desequilibrou-o, é falta. Dentro da grande área isso dá penálti, vem nas leis de jogo. E se a falta do Luisão é casual, então a do Polga também é. Mas não deixam ambas de ser penálti.
Devo queixar-me também e recuperar as expulsões poupadas ao Javi Garcia na primeira parte e Bruno César na segunda ou olhar para a diferença gigante de futebol produzido pelas duas equipas no jogo todo? Até entendo o desespero deles. Aquela chegada à nossa grande área no primeiro minuto foi também a última em bola corrida, fora a carambola de matraquilhos que culminou com um cabeceamento do Maxi, uma hora depois. Esgotada essa possibilidade de fazerem 0x1, ficaram sem hipóteses de discutir os pontos nos restantes 89 minutos mais descontos? Estranho plano de jogo de um candidato ao título.
O JJ passou o jogo a benzer o São Artur, os ferros e a meter avançados que produziram coisas tão interessantes como ver relva a crescer. Plano B é mentira, ligar sectores com um terceiro médio em vez de dois avançados perante uma equipa que joga em bloco médio-baixo é mentira. Vai assumir erros próprios e que fomos muito melhores? Naa.
Nós, arrumadinhos, atentos, coesos, espertos, bravos, desperdiçámos uma goleada histórica. Não sei se o Patrício sujou os calções.
Sobre o Athletic. É uma grande equipa de futebol, a melhor geração de jogadores do clube de que há memória. Será uma semifinal muito complicada. Espero já ter o Fito-Rei disponível: a final de Bucareste ficaria mais perto.
Abraço
Diz que foi assim ;))
É verdade. Uma vitória sem mácula e que só pecou por escassa.
Sobre o Athletic, já manifestei imensas vezes a minha admiração por aquele conjunto basco (é um dos meus clubes internacionais) por nao se vender ao mercenarismo económico e multicultural que se se verifica em quase todos os clubes do mundo. Um exemplo e veremos se é mesmo possível vencer um troféu europeu só com jogadores da terra.
Paralelamente a estas questões não resisto a te enviar este video http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=quW0yR4D11s
Já me ri não sei quantas vezes com a naturalidade deste tipo :)
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