Diferente de tantos discos de canções que dizem tanto e tão pouco, sabemos de que fala o novo dos Diabo na Cruz: de um país, o nosso, para sempre adiado. 'Sete preces' cruza rock e tradição que é uma alegria. 'Luzia' é um flamenco para arrepiar daqui a 20 anos, como há dias me arrepiei ao ser surpreendido no rádio do carro por uma música dos Sétima Legião ('Por quem não esqueci'). E macacos me mordam se não oiço ali castanholas, Jorge Cruz! 'Fronteira' é uma aflição, linda de morrer, balada à Fleet Foxes se estes musicassem a causa (desemprego) e consequência (emigração) de tanto português. Devia passar no Telejornal com a mesma atenção com que foi noticiado o fenómeno 'Parva que Sou' dos Deolinda. "Roque Popular" é filho deste tempo, um disco pessoal e transmissível, um perpétuo sobressalto. Amem-no.
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