"The only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing but burn, burn, burn like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars." J. Kerouac
quinta-feira, 23 de abril de 2009
A valsa de Don Andrés e restante orquestra catalã
Coleccionar inúmeras alegriazinhas de modo a poder celebrar três grandes farras, Taça do Rei, Campeonato Espanhol e Liga dos Campeões, pode muito bem ser o destino do Barcelona, equipa de seda condenada a escrever nesta época uma história sem igual. «Isto é demasiado bonito para que se detenha. Temos pela frente algo maravilhoso para viver», disse o técnico dos catalães, Pep Guardiola, após golear esta noite o Sevilha por 4-0 na 32.ª jornada da Liga doméstica - ah!, com o Messi de fora. Soubesse o ex-médio que as coisas iam correr assim – bilhete para a final da Taça, líderança do campeonato com seis pontos de avanço e todos os recordes de vitórias, pontos e golos à mercê, e presença nas meias-finais da ‘Champions’ - e talvez, com o capital de que goza no clube, tivesse entrado mais cedo nisto de treinar o belíssimo Barça.
Afinal, é apenas a época de estreia do Guardiola no banco de suplentes, dirigindo uma equipa, e, de preocupações, apenas ganhou uma: pedir aos seus jogadores que reentrem em campo com o mesmo apetite com que o deixaram, ao intervalo, invariavelmente a uma distância já inalcançável do adversário. Gosto de futebol. Mesmo. E, felizmente, dá-me para rir quando leio alguma imprensa espanhola desvalorizar os sucessivos correctivos que o Barça infringe nos seus adversários espanhóis, Sp. Gijón, Atlético de Madrid, Almería, Málaga, Valladolid, Sevilha, Valência, Deportivo e Numancia, é à vez, 9 equipas já foram goleadas num total de 19, com seis jogos por disputar, sob o argumento de que estes olham para o jogo seguinte - o Real Madrid apanha as sobras do Barcelona -, deixando-se ganhar.
Conheço-o bem: vem do mesmo saco onde se vai buscar outro - “Ah, eles só correm contra nós” -, acenado para justificar desaires pelos que nunca se enganam e raramente têm dúvidas. No admirável mundo ‘blaugrana’, entre outros, podemos encontrar o melhor jogador do mundo: o Messi. Só falta oficializar. Depois, num grupo de quatro ou cinco com talento que sobra para rivalizar pelo estatuto que, por certo, o argentino roubará ao Cristiano Ronaldo na próxima gala da FIFA, mora um dos meus jogadores preferidos de sempre, o Xavi, e também o Iniesta, espécie de irmão mais novo daquele. Aos dois minutos do jogo com o Sevilha já Don Andrés tinha incendiado o Camp Nou com um golo perfeito. Depois entregou de bandeja os outros três.
Li por aí alguém chamar-lhe o “génio generoso”. E também me parece, abrindo o plano, que, por estes meses, ser adepto do Barcelona deve ser tão aborrecido como ir a um concerto do Kusturica com os No Smoking Orchestra ou ser o escravo sexual da Rachel Weisz.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Fantástico, esplêndido, perfeito !
O texto ...
e o Barcelona pois claro =)
Deliciou-me ver a partida de ontem, ver o Henry lutar pela posse de bola com há muito não via, ver o Xavi e o Iniesta a marcarem os tempos de jogo sozinhos ... Vamos lá ver o que nos reserva o resto da época... e até lá... como diz o Guardiola, que se veste muito bem, há que dizê-lo (adoro os pullovers que ele usa ... nada abichanados), isto é demasiado bonito para que se detenha !
BARÇA, BARÇA, BARÇA !
confesso que não era pra ler com a atenção esperada quando vi que era de futebol, mas tudo o que meta barcelona faz-me ler porque a minha irma vive lá. até futebol leio.
Enviar um comentário