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... da última vez que vi miúdos a jogar à bola na rua, provavelmente descalços, com muros, casacos ou livros a servir de balizas, e o mais gordinho a ver. Vai daí porque na altura talvez estivesse eu próprio no meio deles, enfrentando aos saltinhos a permanente ameaça de partir um vidro da casa mais próxima, e levar um par de estalos.
2 comentários:
No meu caso seria brincar às escondidas nos longos descampados da zona de prédios onde morava. as ervas eram tão altas que dava para me esconder entre as margaridas.
Eu e os meus primos jogávamos na casa da minha avó - que por sorte era uma vivenda enorme - e qualquer espaço era um bom espaço para se fazer um jogo, até cadeiras serviam de balizas. Partimos vidros, dezenas de garrafas e até a-peça-inferior-da- máquina-de-lavar-a-louça-novinha- em-folha-oferecida-à-avó-pelos-filhos-no-último-natal nós conseguimos partir logo na primeira oportunidade.
Grandes jogatanas. Eu, nessa altura, era o tosco, ficava sempre à baliza. Só lá para os dezasseis anos é que comecei a dar uns toques e nunca mais precisei de ir defender as redes, mas aí, já há muito que me tinha deixado levar pelo "The Path of Excess".
C'est lá vie.
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